Abriria os portões da universidade com suas garras afiadas em horas de estudo. Agora dormia serena, confiante no futuro porém sem a ansiedade do presunçoso.
Ingressar no curso de medicina era apenas uma questão de tempo. Odiava os professores da velha escola que, ao encontrá-la pelas ruas do bairro, desejavam-lhe boa sorte. Recorrer à roda da fortuna só é necessário aos despreparados.
Acordou cedinho no dia do exame, tomou café da manhã, pegou o estojo, os documentos, um chocolate e um abraço da mãe. Marchou até a estação de subúrbio e esperou um pouquinho. saltou para o trem e iniciou sua viagem.
A locomotiva e os vagões deslizaram até a metade do caminho e estacaram. O tempo passava e a cobra de metal continuou empacada no meio do mato.
Os dados já haviam sido lançados muito antes da estudante perceber que perderia o exame. E já tinham determinado que a felicidade de Madalena seria adiada por um longuíssimo ano.